Foto: Envato
Alann Deciel, tatuador de Curitiba, é responsável por transformar a música em desenhos exclusivos que podem ser eternizados na pele de uma pessoa. O processo de criação é mais do que apenas traçar esboços: ele mergulha na história de cada cliente e busca traduzir, com sensibilidade, desejos muitas vezes ocultos.
Processo criativo que une arte, música e memória
O processo de criação de Alann vai além do que tatuadores oferecem em estúdios tradicionais. Deciel, do estúdio Trimagvs, pede uma playlist com músicas favoritas ou que fazem sentido para o cliente e, a partir daí, desenha composições únicas que refletem a essência da pessoa tatuada.
“Todo mundo carrega um desejo oculto, a vontade de exteriorizar algo. Meu trabalho é exatamente esse, tentar traduzir e transformar esse desejo em um desenho. Nem sempre é fácil expressar o que se sente com palavras, mas a música, muitas vezes, consegue acessar esse lugar. Essa é a mágica por trás do meu processo criativo”, conta.
Além de realizar seu trabalho, Alann também mergulha no universo de cada cliente, tentando entender qual é a vontade ou a necessidade dos traços. Uma música pode ser uma memória, um sentimento guardado, um marco na vida ou até um refúgio do cotidiano.
Alann também pede uma referência visual para fazer uma criação completa. “Pode ser um quadro, uma foto, uma cena de filme, um objeto, qualquer coisa visual”. Depois, a música se une à imagem e à mente brilhante do tatuador, que faz nascer um desenho cheio de significados. A música e a imagem se fundem em um resultado único, pensado exclusivamente para o cliente.
Para Alann, a tatuagem é mais do que um desenho marcado na pele: é a construção de uma narrativa visual feita com afeto, respeito e, claro, muita música.
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