Le Havre anuncia a contratação do atacante Adriano


RIO - Adriano está de volta ao futebol. O Le Havre confirmou nesta sexta-feira que o atacante de 32 anos vai assinar contrato para defender a equipe da segunda divisão francesa.

A confirmação veio através de uma nota publicada no site oficial do clube. O fechamento do acordo agora depende de duas condições: a chegada dos fundos de Christopher Mailol, empresário que prometeu investir no clube, e a aprovação de Mailol pela Direção Nacional de Controle de Gestão (DNCG, na sigla em francês), órgão que fiscaliza as contas dos clubes de futebol da França.

"O Havre Athletic Club confirma que chegou a um acordo com o brasileiro Adriano. O acordo para a contratação está condicionado à chegada dos recursos de Christopher Maillol e à aprovação pela DNCG", diz a nota.

Adriano já havia dado pistas de que voltaria a jogar futebol na quinta-feira, quando publicou em sua conta no Twitter uma mensagem chamando os fãs do Le Havre de "seus novos torcedores".

O atacante, que não joga desde abril, quando deixou o Atlético-PR após uma curta passagem de três meses, é a grande aposta de Mailol para levar o Le Havre de volta para a primeira divisão francesa. Atualmente, o time está na 11ª posição, com 23 pontos. O Le Havre está 11 pontos atrás da primeira equipe na zona de classificação para a Ligue 1, o Stade Brestois 29.

Em agosto, o empresário e ex-jogador de rúgbi foi apresentado pelo presidente do clube, Jean-Pierre Louvel, como um comprador do Le Havre. Na ocasião, Mailol estava ao lado do ex-jogador do clube, Jean-Christophe Thouvenel, agora um agente de jogadores, e prometeu investir € 6 milhões na equipe para que ela retornasse rapidamente para a Ligue 1.
Em novembro Mailol visitou as instalações do clube o apresentando como o primeiro reforço do Le Havre. Mas o acordo só foi finalizado agora.

SEM JOGAR HÁ OITO MESES

Adriano começou a carreira no Flamengo, de onde saiu muito jovem, aos 19 anos, para a a Inter de Milão. Mas no início, ele não jogou no clube de Milão. Foi emprestado para a Fiorentina e o Parma, onde brilhou por duas temporadas. De volta à Inter, viveu o seu auge jogando por cinco temporadas, período em que foi considerado um dos melhores atacantes do mundo, apelidado de Imperador e conquistou oito títulos, sendo quatro Campeonatos Italianos.

Foi quando viveu a sua grande fase na seleção brasileira também com as conquistas da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações de 2005.

Depois foi emprestado para o São Paulo, mas foi no retorno ao Flamengo que brilhou pela última vez, quando ajudou o clube a conquistar o hexacampeonato brasileiro em 2009. Desde que deixou o clube em 2010, Adriano nunca mais teve uma sequência de jogos no futebol. Pouco fez na Roma, no Corinthians, em mais uma volta ao Flamengo, em 2012, e, por fim, no Atlético-PR, clube que deixou em abril após faltar dois treinos sem dar qualquer justificativa.

Nos últimos anos, Adriano também apareceu nas páginas policiais. No mês passado, o jogador foi denunciado pelo Ministério Público por tráfico de drogas e associação com o tráfico. A pena para o primeiro crime é de 15 anos de prisão. Para o segundo, de dez anos.
O caso, agora, está nas mãos da 29ª Vara Criminal do Rio, que vai decidir se acata ou não a denúncia feita pela 1ª Central de Inquéritos do MP. Embora não tenha pedido a prisão do atacante, o promotor solicitou que seu passaporte fosse recolhido, pela “possibilidade de fuga do jogador”, por ser “pessoa com elevados recursos financeiros”.

O pedido do MP-RJ foi feito com base em investigação que mostrou que o atacante comprou uma moto no nome de Marlene Pereira de Souza, mãe de Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica, chefe do tráfico na Chatuba, no Complexo do Alemão. A denúncia afirma que Adriano, ao lado de um amigo, “consentiu que outrem utilizasse de bem de que tinham propriedade e posse, para o tráfico ilícito de drogas”.

A defesa de Adriano disse, em nota, que houve "claro excesso acusatório" na denúncia e afirmou que ele foi vítima no episódio, pois a moto teria sido vendida sem o consentimento do atacante e por meio de uma assinatura falsificada do atleta. Os advogados também consideraram um "pleito descabido" o pedido para que o passaporte fosse retido.

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